19/06/2008

Fraquejei Mais Que Nunca

Hoje sinto-me completamente ridícula!
É difícil, não só para ti, mas a mim também custa.
Posto aqui partes daquilo que escrevi assim que cheguei a casa:
"[...] Será que podemos pedir algo em troca dos esforços que fazemos? Sinto-me inútil! Não foi em vão, precisei ver-te e sentir que nunca deixaste de estar perto, mas senti-te longe e a distância e quase indiferença magoaram-me. Apeteceu-me cair no chão e chorar no meio da rua. Senti o coração apertado, a espalmar-se dentro de mim. Serás algum dia capaz de perdoar? Serei algum dia capaz de esquecer? Sinto-me tão fraca; sinto-me a morrer de mim e nem as palavras são suficientemente leves para as conseguir escrever. [...] Também eu me sinto magoada, não só contigo, comigo. Sinto que o braço me falta e a caneta pesada demais. Fraquejo mais uma vez; Obrigada.

Tentei ler páginas anteriores e até a voz me falta! Nunca senti nada igual! E digo que é horrível quando a boca se abre e a voz não quer sair, as palavras encravam-se na garganta. Não tenho força para falar, não consigo! É a primeira vez que sinto isto e dói... não só fisicamente; sinto-me a fraquejar por dentro!".

Fechei o caderno e pú-lo no meio dos restantes. Lavantei-me da cadeira, poucos passos dei para chegar ao corredor e senti que as parcas forças que tinha me fugiam cada vez mais. Foi demasiado estranho sentir-me fraca assim e, parei; as minhas pernas, essas, quase não eram capazes de me manter em pé. Esperei na mesma posição, com o ombro esquerdo apoiado ao móvel. Ao relembrar vejo as lágrimas espreitarem-me no canto dos olhos, esta foi, certamente, das piores sensações da minha vida. Senti que só precisava de cair, completamente sem forças. Respirei elevando a mão á cabeça, mantendo a mesma postura. Aqueles segundos parecem-me longos minutos, por toda a fraqueza que senti. Segui em frente e ao fechar a janela da varanda percebi que o braço me caia. Vim para o meu quarto, aí sei que tudo me acolhe em qualquer momento da minha vida. Deixei-me cair na cama, escutando somente o silêncio que nele permanecia. Aí, soube que somente o palpitar do coração me fazia viver. Fechei os olhos sentido cada batida e nada mais, não era capaz de me sentir, até que uma lágrima correu-me o rosto. Ouvi a campainha e senti vontade de me deixar ficar pela sensação de leveza que finalmente sentia. Sabia que estava na hora de encarar o mundo lá fora e de agarrar momentos capazes de me preencher. Quando disse: "Subam!", senti que mais uma vez as palavras me arranhavam a garganta. Faltou-me tudo nesse momento: a força, a voz, a alegria de sempre... Faltaste-me tu.


[Sentia saudades destas tardes nas piscinas, acima de tudo de sentir que nunca deixaremos de estar unidas. Obrigada pelos momentos, por me fazerem feliz. Amizade, agora e sempre.

1 comentário:

Sophia disse...

Eu tinha te dito que se passava, já et conheço tão bem ... =((