15/06/2008

Voltei.

Ás vezes preciso fugir, preciso do silêncio e da ausência das palavras; É melhor parar e voltar com duas mãos fortes e dois pés capazes de caminhar, do que continuar e fracassar. Senti-me sem vontade de escrever, desliguei-me completamente deste espaço que tantas vezes foi o reencontro de mim. É precisamente assim que por vezes me sinto, fracassando. Porém, hoje voltei e farei as pausas que forem necessárias, sei que não faz sentido deixar aquilo que construimos a meio do caminho. Foram apenas momentos... Já passou.

Hoje voltei feliz, cansada. Não me lembrava do último Sábado em que cheguei assim a casa e, foi tão bom, a certeza que a vida não apaga o que realmente é importante para nós. Sentia tantas saudades destes momentos! Voltei com uma sensação de leveza, completa e, sim, feliz.

Fez esta Quinta-feira sete meses... pedaços de amor a cada dia, cada vez mais fortes. Acho que força é realmente aquilo que faz de nós aquilo que somos. Se há coisas que não acabam, sei que esta é uma delas. Tu estás lá, sempre; sabes quando algo não está certo comigo, sabes-me ouvir, dás o ombro p'ra chorar e a mão p'ra não voltar a cair, sei, com toda a certeza, que dás tudo de ti. Não teria dúvidas em afirmar que sou dos maiores pedaços da tua vida... É um amor impossível de explicar, talvez por nunca ter sentido nada semelhante. Os dias sem ti são vazios, perdem cor, perdem vida, não é só o hábito de te ter, é a necessidade de ti; é como se cada dia fosse diferente, como se todos eles tivessem a sede daquele primeiro palpitar forte dos corações. Achei bonito, por isso, é para ti:

"Fecha-me os olhos e eu poderei ver-te.
Tapa-me os ouvidos e eu poderei ouvir-te.
Mesmo sem pés poderei alcançar-te.
Mesmo sem boca poderei chamar-te.
Corta-me os braços, adorar-te-ei com o coração e com as mãos.
Trespassa-me o coração, latejará o meu cérebro.
E se incendiares o meu cérebro,
mesmo assim levar-te-ei no meu
sangue..."


Em tudo há alegria, vida, é só uma questão de lhes acordarmos a alma.

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