18/11/2008

De Novo Abraçando As Palavras

Voltei. Não sei por quanto tempo, acho que as pessoas vivem demasiado em função do mesmo, deixam-se comandar assim, levam uma vida em função dos ponteiros de um relógio. E sim, também eu não sou expecção. Por isso, voltei, por um tempo indefinido.
Hoje, regresso, de uma maneira um pouco diferente... Carrego muito mais em relação aos dias em que abandonei este refúgio. Hoje, procuro alento nas palavras por ser uma forma mais fácil de aliviar esta dor; Não tenho mais onde a pôr.
Bates-me no peito, como um sopro de vento, soltas-me as amarras... Ver-te partir, é sentir-me demasiado pequena para suportar esta dor. Viras costas, soltam-se as lágrimas mais uma vez... Aperta cá dentro! Dói desesperadamente... E sei que esta dor que atravessa oceanos é, certamente, apenas uma pequena parte do que te vai aí dentro. Desculpa, digo-o com um fio que teima lavar-me o rosto. Leva o teu tempo, que eu estarei aqui, de braços abertos. Vai, tira-me da tua rotina por uns dias, se é que consegues e, quando voltares, traz-me certezas. Tempo é o que não nos falta; Espararei por ti, um dia, uma semana, um mês, um ano, dez, uma vida... Espararei por ti até que venhas ao meu encontro e me tragas uma certeza. Peço baixinho que não demores, para que não aprendas a viver com a minha ausência. Tenho vontade de correr, ir ter contigo e dizer que trago duas coisas: uma vontade de te fazer feliz e uma vida que quero que continue a ser tua; Mas não o faço. Respeito o teu tempo e o teu espaço, respeito a tua vontade. Olho para o telemóvel à espera que me fales, olho para trás só para te ver, e quando te passo ao lado, sinto uma vontade enorme de chorar, bem como uma vontade de correr para ti. Volta! Esperarei, com uma lágrima perto de um sorriso, com uma dor que se acumula, mas acima de tudo, com a esperança que um dia venhas ter comigo para provar que "Prometo que volto Sara!". Quantas vezes não tive necessidade de ler essas palavras, quantas vezes não desejei que fossem realmente verdadeiras... Demora o teu tempo, mas quando vieres traz-me apenas uma certeza e, se o que me trouxeres não for nada mais que um vazio, ensina-me a viver sem ti! Era mais fácil se existissem manuais de instruções. Mas, parte de mim tem uma certeza que vagueia pelas dúvidas de que um dia voltarás. Não demores, por favor...

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