21/04/2009

Vazio Desenterrado

Já não és um vazio que se cavou na minha alma. Com o tempo a distância uniu-nos, com a tua indiferença tudo nos separou. Quando as paredes cairam à minha volta duas forças me abraçaram e percebi que quando uma uma onda se desfaz existe outra capaz de viver. Foste uma onda que morreu por demasiado tempo, deixaste para trás um aquário de esperanças vivas e apenas deixaste viver um pensamento que deste por certo e inquestionável. Mas desta vez percebi que as tuas mãos já não se alinham neste círculo onde vejo por fim que as palavras, até essas acabaram por morrer. Incapazes de magoar, porque antes delas sei que habitou a saudade e deixamos que tudo crescesse á velocidade de uma perda. Ter-te-ás perdido?

[Tenho pena que não leias nos olhos estas palavras, mas afinal, já nada nesse caminho passa por esta estrada.]

Sem comentários: