22/05/2009

Sonhos

Por vezes, vejo a minha vida reduzida a pedaços; Rasgo-a e atiro ao ar os sonhos. Espero que caiam... Devagar. Porque tenho medo de os apanhar. Sento-me num indefinido ponteiro do relógio e deixo que me faça caminhar numa direcção contrária, assim, cruzo-me com os passos decrescentes da minha vida. Foi o passado que me trouxe até aqui, abarrotada de lembranças que caminham comigo ao longo do tempo e memórias que me mantêm viva. É nesta viagem que procuro as respostas que hoje me levaram a fazer perguntas. É nela que procuro enterrar os tracejados que me cercam e pisar os silêncios que inevitavelmente se tornam pontos de união. Aqui, sentada, fecho os olhos e elevo as mãos ao ar e sinto que a imaginação me faz percorrer outros caminhos...

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