24/05/2009

Furtada


Onde está a minha bola de sabão?
Em que lugar deixei o espaço onde sou livre de respirar?
O frasco que se enchia com lágrimas foi-me tirado das mãos. A vontade de apontar o dedo para a bússula e escolher o lado para que quero que os meus olhos brilhem. Agarra-me. Desprendo-me.
Quero só um pedaço desse chão e uma parede que me esconda o rosto. Uma esquina vazia onde me encolho e sou eu. Dás-me?
Esconder-me nos meus braços e flutuar nas gotas apertadas.
Sei que a minha alma é maior que o mundo, mas fica contraída neste pequeno corpo.

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