18/11/2008

Fios de Vozes

Ouvir a tua voz foi uma bala cá dentro; Doeu. Senti que as palavras não saiam. Já não sei em que lugar pôr as tuas incertezas; não sei em que canto me esconder para respeitar o teu espaço. Tenho medo! Sinto que te estás a ir... E não tenho maneira de te agarrar! E mesmo sem querer as lágrimas teimam cair. A dor aperta cada vez mais. Dói-me viver presa a ti. Não peço que passe rápido, peço que me tragas a certeza que quero abraçar. Muito sinceramente, já não sei se voltas... Já não sei se terei de viver apenas de recordações. Merecemos muito mais! Se quiseres mesmo, se sentires a minha falta, tu vens. Senão, é como dizes, uma amizade que fica, não sei como será, deixará somente muito mais a desejar... Se quiseres ir, ensina-me como se passam os dias sem ti. És tudo, Hugo! Dei-te tudo o que tinha para as mãos, não queiras devolver-me. Hoje, não sei se te volto a encontrar. Vão magoar os dias, vai magoar sempre até que voltes. E sei que esta dor vai crescer, que vou lutar contra as lágrimas, sei que me irei abaixo inúmeras vezes. Vou sentir falta de um abraço quando as lágrimas teimarem em vir. Respeitarei. Esperarei, mesmo que as vagas esperanças se desvanessam com o tempo...

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