25/11/2008

Sinais de Pontuação

Deixo a minha alma a nu, uma podridão que os espelhos são forçados a ver; Continuamos vivos enquanto tivermos coragem de espreitar os próprios reflexos. Aceitarmo-nos é um processo que leva o seu tempo, uma vida inteira, certamente; Reconhecer quem somos pode suscitar um arrepio feito de mágoas, levando-nos a estabelecer, muitas vezes, comparações. E questionarmo-nos o que procuram aqueles que amamos noutros seres, ficando com um ponto de interrogação nas mãos. Não sei se algum dia seremos capazes de os esmagar, talvez isso aconteça no dia em que nos olhemos por inteiro sem medo de amar cada substância que faz de nós quem somos. Nem sempre o facto de sermos amados transforma esse circulo interrogativo numa linha rectilínea.
Olho-me mais uma vez e, sei que no fundo nada passa de um ponto com reticências á base de imaginações.

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